terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Mestre dos olhos azuis


Hoje era suposto estares alegre, ou pelo eu pensava que devias estar alegre.
Mal te vi, apercebi-me que a tristeza permanecia nos teus olhos. Não imaginas como me parte o coração ver-te assim.A minha única vontade era chorar, agarrar-me a ti e que tudo voltasse a ser como era antes.
Desde que a avó partiu nunca foste o mesmo. A tua alegria de viver desapareceu no dia em que a , tão querida, Rosa Violas adormeceu. Foi a primeira vez que te vi chorar, estavas destroçado, as poucas forças que te restavam era gastas a derramar as infinitas lágrimas que perdeste naquele dia. Todos nós estávamos a sofrer pela partida dela, mas ambos sabíamos que ninguém iria sentir tanto a sua falta quanto tu.
Vocês eram sem dúvida o casal perfeito, a avó sempre teve problemas de saúde, e tu tratava-la da forma mais brilhante que um marido poderia tratar a sua esposa. Foste tudo para ela, e não imaginas como te admiro por isso.
Agora ao ver-te tão triste, tão amargurado com vida, sinto-me de certa forma culpada, pois sei que não te dou a atenção que necessitas. Eu deveria fazer um esforço maior, mas sabes que nem sempre o tempo mo permite.
Há tanto tempo que não ouço aquelas tuas gargalhadas calorosas. Não serias capaz de imaginar a falta que elas me fazem. As cantorias que fazias quando nos juntávamos na sede da família, as tuas advinhas e provérbios... Eras tão alegre quando ela estava cá, eu sei de certa forma ela era o teu porto de abrigo, pois fora sempre nela que que tu ias arranjar forças para continuar a viver.
Queria tanto poder ajudar-te, poder fazer-te sorrir de novo. Mas tu nem tentas. Não fazes o esforço para que a tua vida continue. A tua vida não acabou ali, tu ainda estás vivo e eu preciso de ti para continuar a sorrir.
São tão poucos os momentos que passámos juntos que eu não tinha apercebido o quão agravado isto ficou.
Embora as nossas conversas se baseiem sempre no mesmo, eu não me canso de as ouvir, pois é a canção que mais me acalma quando me sinto perdida. A tua eterna frase "Tento na bóia que pica o peixe!", faz-me sempre sorrir, mesmo quando as forças parecem não existir.
Hoje eu deveria estar feliz, pois completo os meus dezasseis anos, mas ao ver-te desta forma não tenho sequer força para sorrir.

Mestre sorridente de cabelo grisalho e olhos azuis, serás sempre o meu avó!

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Pêpê


Por uma única vez, gostava que me apoiasses, que mostrasses ter , pelo menos, um pouco de orgulho em mim. Nunca tive o teu apoio para nada, e não imaginas a falta que isso me faz.
Há tanta coisa que que eu gostava de te dizer, de te contar. Tantos momentos que gostava de partilhar contigo.
Mas nunca tive coragem de fazer, aliás tu nunca permitiste que o fizesse. Sempre me rejeitaste, acho que isso talvez se deva ao facto de te ter roubado parte da atenção que estavas habituado a ter, antes de eu vir para cá. Mas acredita, preferia nunca ter feito, pois seria sinal que teria comigo a pessoa que mais falta me faz.
Sempre sonhei em "brincar" contigo, ter aquela relação de fidelidade que dois irmãos têm. Mas NUNCA permitiste isso, afastaste-me sempre. Escondeste-te no teu mundo, fechando-o a 7 chaves de mim, proibindo-me que fosse parte dele.
Eu sei que não tenho um feitio perfeito, mas tu também não o tens. Enquanto que eu ainda faço um esforço para conviver com o teu, evitando que haja discussões e consequentemente problemas cá em casa, tu nem isso. Limitaste apenas a julgar-me e a tratar-me como se não fosse ninguém, como se não tivesse coração. Por mais que tente chegar até ti, tu não deixas, fazes tudo para que não o consiga.
Não imaginas como lamento que as coisas tenham de ser assim, aliás elas não têm de ser assim, tu é que queres que sejam. Adorava que fizesses um esforço, nem que fosse pequeno, para me compreender, para tentar mudar as cenas... Mas eu no fundo sei que isso jamais acontecerá.
Eu gosto muito de ti, muito mesmo e sei que não vais ser capaz de imaginar o quão a tua ausência me perturba.
Limito-me a viver desta forma, mesmo que doa não poder contar contigo.

PP

domingo, 22 de novembro de 2009

Amelhor.


(...)Eu confesso (embora lamente isso) que já confiei mais, mas também já confiei menos.
Houve momentos em que pensei que haveria um ponto final.
Mas também já pensei que nunca haveria.
Tenho medos (muito até), que um dia nos separemos.
Sei que as coisas não ser iguais o resto da vida, que não vou poder chamar-te nome feios (bonitos) sempre que quiser, que nem sempre vou poder ou ter vontade de te contar o meu dia, que nem sempre vou ter-te comigo. Mas HOJE, hoje eu sei que tenho vontade de te contar tudo e mais alguma coisa. Tenho vontade de te bater por gostar tanto de ti e por seres tão importante. Por às vezes ser tão estúpida. Mas tenho também vontade de te dar um abraço e mil beijinhos por seres a minha melhor amiga e por apesar de tudo continuares comigo.
Não imaginas como fico triste quando penso que não queres saber de mim.
Fazes-me tanta falta estúpida!
É tão bom ir buscar-te ao colégio e contar-te todinho. Dar aquelas gargalhadas histéricas e feias. Chamar-me otária. Sabe tão bem.
Mas sabes o que sabe melhor? Acordar todos os dias e saber que existes, que estás comigo e que sou feliz por isso.

Não me importa o amanhã, porque hoje tu estás comigo.

Joana

Joana
Sorrisos, gargalhadas, abraços, beijinhos,

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Vivo de sorrisos, de gargalhas e das anormalidades diárias.